A ansiedade define-se como um conjunto de emoções que desencadeiam respostas psicofisiológicas a um acontecimento considerado ameaçador. Isto é, perante uma situação de stress ou de perigo iminente, a ansiedade ajuda-nos a reagir (defesa e/ou ataque) para a nossa protecção.

Quando estamos perante uma situação que envolve perigo, ficamos em estado de alerta para que nos possamos defender e proteger. Neste sentido, a ansiedade torna-se uma reacção natural.

Ter ansiedade é sinal de que estamos vivos! Não é possível reduzir os níveis de ansiedade a zero (esperamos que isso não aconteça!).

Situações “primeira-vez” como entrevistas de selecção, conhecer alguém, falar em público, nascimento do primeiro filho, entre outras, são, por si só, geradoras de ansiedade.

Podemos tremer das pernas, corar, gaguejar, transpirar por breves instantes, mas sabemos que o nosso corpo irá activar a função reguladora de bem-estar que é denominada por homeostase. Este equilíbrio homeostático traduz-se na capacidade da pessoa conseguir regular os seus níveis de ansiedade e adaptá-los às situações do dia-a-dia. A eficácia desta regulação é determinante para se perceber se se trata de ansiedade normal ou excessiva.

A ansiedade pode ser assim, “tão natural como a sede” ou tão corrosiva como o veneno.

A ansiedade passa a ser um problema quando na realidade não estamos em situações de alerta e os níveis de ansiedade estão tão elevados como se estivéssemos preparados para uma grande catástrofe e se necessário atacar. A taquicardia passa a ser um estado natural do bater do coração, o “nó na garganta” e o “aperto no peito” passam a conviver frequentemente connosco. A ansiedade que seria normal passa a dar o seu lugar à angústia e a angústia é sinónimo de dor.

As pessoas vivem as situações como autenticas “bomba-relógio”. Quando estas alterações teimam em não passar (pelo menos 6 meses) e a pessoa apresenta pelo menos 3 dos sintomas, é sinal que deve procurar ajuda especializada para o seu quadro ansioso.

Felizmente, a verdade é que quem controla a ansiedade é a

própria pessoa e não o contrário!

 

Para isso, existem técnicas de controlo da ansiedade que todas as pessoas possuem de alguma forma dentro de si. Estas técnicas não estão é a ser aproveitadas a benefício do próprio!

 

Quando o equilíbrio homeostático está comprometido, a ansiedade desorganiza-se, descontrola-se e torna-se, por vezes, crónica. Nestas situações, as pessoas sentem preocupações intensas e desadequadas, batimentos cardíacos acelerados, dificuldades na respiração, sensação de “nó na garganta”, elevada sudação, medos variados, emoções intensas, perda de controlo, “aperto no peito”, comunicação acelerada, agitação psicomotora, alterações do sono e alimentação, entre outro tipo de sinais.

25% da população mundial apresenta algum tipo de perturbação da ansiedade

As alterações mais comuns da ansiedade são:

  • Perturbação da Ansiedade Generalizada
  • Perturbação de Pânico
  • Perturbação Obsessivo-Compulsiva
  • Stress Pós-Traumático
  • Fobias Sociais ou Específicas

É comum uma pessoa que apresente alteração da ansiedade, apresentar também sintomas depressivos e vice-versa.

Cuide de si, valorize a sua Saúde Mental!

Primeira publicação: http://www.sitiodamulher.com/ansiedade-e-uma-bomba-relogio